16 de julho de 2012

Graças que a morte me levou.

  
Devo ficar e tentar? Permanecer nesta mesma vida medíocre?  Porque já não me resta mais nada, nem casa, nem amigos, muito menos amor. As verdades não existem mais, nem mesmo as mentiras. A ilusão, a saudade, foram embora, nem mesmo a solidão quis ficar. Está tudo tão escuro, tão frio e estou tão fraca que não sei se desisto de uma vez por todas ou continuo agonizando até que a morte apareça e me leve com ela.
  Depois de um tempo, vejo que tudo se acabou, todo o oxigênio, toda a dor e que finalmente meu anjo da morte me levou. Agora estou livre, já não sinto aquelas cordas no meu pescoço e o peso da dor se tornou tão leve que nem sinto mais, mas sei que ele continua lá, talvez seja porque meus problemas não foram resolvidos em plano terreno e agora eu tenha que carregar esse fardo, mas me sinto bem assim, pelo menos a inveja não me persegue e a falsidade não me conta aquelas histórias idiotas. Ah, o amor... agora que estou livre dele, ''amo-o'' velo longe de mim. 
  Graças que a morte me levou, vai ver ela não aguentava mais me ver sofrendo.       - Victória Ribeiro

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